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Fungos Entomopatôgenicos: o que é e como produzir com qualidade

Fungos entomopatôgenicos - FOTO 1
Fungos entomopatôgenicos - FOTO 1

Você sabia que os agricultores usam fungos entomopatogênicos em inseticidas? A técnica é voltada para o controle de pragas e doenças nas grandes e pequenas áreas de cultivo.

O uso desses fungos ainda é considerado muito importante para a proteção das plantações e vem ganhando ainda mais força e relevância no setor agrícola nos últimos anos por apresentar inúmeras vantagens:

  • Protegem as áreas de plantio por um longo período

  • Não geram problemas ambientais ou riscos à saúde dos seres humanos.

  • Promovem crescimento do cultivo.

  • Não deixam resíduos nos alimentos e produtos comercializados.

O que é fungo entomopatogênico?

Mas, afinal, o que são fungos entomopatogênicos?

O nome é difícil de pronunciar, mas nada mais é do que organismos vivos do bem, capazes de infectar e interferir na reprodução de insetos e pequenos ácaros considerados verdadeiras pragas na agricultura.

Os fungos entomopatogênicos são muito utilizados para o controle biológico em propriedades rurais, e o processo pode ser feito de duas formas: na pulverização dos fungos sobre as pragas ou por meio da pulverização das superfícies das plantas para contaminar os insetos existentes ou proteger a plantação previamente.

Os entomopatogênicos afetam as pragas continuamente a partir do momento em que entram em contato com o seu organismo. Eles produzem toxinas que causam doenças e interferem na sua reprodução e alimentação.

O corpo do inseto fica coberto pelo fungo e, como consequência, as pragas morrem, gerando esporos que, através do vento, espalham a infecção por toda a área.

Essa característica importante dos entomopatogênicos é chamada de epizootia (capacidade de manifestar uma doença em outro inseto).

É importante ressaltar que esses fungos utilizados não deixam resíduos nos produtos que serão comercializados e não causam danos ou sintomas aos seres humanos.

Na ilustração a seguir, veja como os entomopatogênicos agem na prática:

Infográfico ilustrativo sobre a ação dos fungos entomopatôgenicos

Principais fungos entomopatogênicos

Aqui, você confere quais são os principais fungos entomopatogênicos cultivados na agricultura e suas aplicações essenciais para o controle de pragas. Esses organismos desempenham um papel fundamental em diferentes segmentos agrícolas. Conheça:

Beauveria Bassiana

Considerado o fungo mais estudado e comercializado para o controle de pragas em diversas culturas, ele é amplamente conhecido pela sua coloração esbranquiçada sob o corpo dos insetos.

É capaz de contaminar e controlar cerca de 700 espécies de insetos diferentes, tais como:

  • Mosca-Branca;

  • Cigarrinha-do-milho;

  • Broca-do-café;

  • Ácaro-rajado.

Imagem ilustrativa do fungo beauveria bassiana agindo sobre a praga

Trichoderma

É considerado um grande aliado para a proteção na cultura da soja, protegendo as plantações de diversas doenças, como, por exemplo, o apodrecimento das raízes e o mofo branco.

Esse gênero também é capaz de produzir estruturas de resistência no solo.

Imagem ilustrativa do fungo trichoderma agindo sobre a praga

Entomophthora muscae

O entomophthora muscae é o fungo que transforma moscas em zumbis!

Esse fungo é o principal inimigo das moscas presentes em frutas e é capaz de liberar neurotransmissores no corpo das moscas, o que as faz ter somente mais algumas horas de vida.

Imagem ilustrativa do fungo Entomophthora muscae agindo sobre a praga

Metarhizium anisopliae

Esse fungo possui a coloração esverdeada e é utilizado no controle de larvas e besouros de raízes dos cítricos, causando a doença chamada: muscardina verde.

Imagem ilustrativa do fungo Metarhizium anisopliae agindo sobre a praga

Mercado de controle biológico no Brasil e no mundo

Nos últimos anos, tem-se observado uma crescente demanda no mercado de controle biológico, tornando-se cada vez mais necessário o uso de biopesticidas. Isso ocorre porque as pragas da agricultura têm se mostrado cada vez mais resistentes aos pesticidas existentes no mercado.

De acordo com dados fornecidos pela Embrapa, empresa de pesquisa agropecuária brasileira, o Brasil é atualmente líder mundial em tecnologias de controle biológico, e mais de 23 milhões de hectares já utilizam organismos vivos.

A empresa americana Markets & Markets divulga que a expectativa é de que, até 2024, a comercialização dos biopesticidas alcance valores de até US$ 16,7 bilhões - mercado em constante expansão.

Atenção: Existe uma diferença entre pesticidas e biopesticidas !

Quando falamos de biopesticidas, referimo-nos a produtos químicos que afetam apenas a praga-alvo e são menos tóxicos, pois são produzidos a partir de inimigos naturais dessas pragas. Por outro lado, os pesticidas convencionais podem ser prejudiciais à saúde humana.

O uso de fungos entomopatogênicos surge, então, como uma alternativa mais eficaz e com menor impacto ambiental.

Processo de coleta, secagem e conservação dos fungos entomopatogênicos

Assim como é importante pensar no armazenamento das sementes, a coleta dos fungos entomopatogênicos pode ser realizada de várias maneiras, mas a mais comum é feita na natureza, coletando insetos mortos. Os profissionais recolhem esses insetos encontrados no meio da vegetação e os levam até o local em que o fungo será cultivado.

Esse método de coleta é muito utilizado, pois a morte do inseto pode ser um sinal claro da presença de entomopatogênicos em seu organismo.

É necessário um processo de isolamento e secagem desses insetos para a coleta dos fungos. Durante esse processo, para a preservação a longo prazo, é crucial que sejam armazenados a 5°C.

Uma vez que a presença de entomopatogênicos é identificada e os fungos coletados, diversos meios de cultura são utilizados para sua reprodução, sendo o mais comum reproduzir o fungo em sacos fechados de arroz levemente umedecidos.

O fungo se reproduzirá dentro dos sacos em torno de 10 a 15 dias, e quando os sacos forem abertos novamente, a umidade deve ser reduzida em 15% para o armazenamento do fungo, que deve ser feito em locais de baixa temperatura.

A temperatura e umidade são fatores que impactam diretamente os fungos, já que esses microrganismos não conseguem regular sua própria temperatura e se defender das grandes variações climáticas do ambiente.

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