Monitoramento de Umidade: Essencial na Produção e Armazenamento de Grãos
O Brasil é um dos maiores produtores de grãos do mundo, com safras que ultrapassam mais de 200 milhões de toneladas anualmente. E para que esses produtos sejam comercializados ou usados como matéria-prima para outros alimentos, o monitoramento e controle de umidade é fundamental durante toda cadeia de produção.
Assim como outros produtos que fazem parte da Indústria Alimentícia, grãos também são higroscópicos. E devido ao clima úmido predominante no Brasil, seu armazenamento pode ser prejudicado caso a umidade não seja controlada.
A cadeia de produção de grãos depende de colheita e armazenamento feitos de forma correta, respeitando os níveis de umidade para que o alimento mantenha a sua qualidade. Além de normas que estipulam o selo do Inmetro para o medidor de umidade, existem também níveis adequados a cada tipo de grão, a fim de evitar problemas em sua venda ou no seu consumo.
Apesar da temperatura e da umidade variarem de acordo com a região, é importante ater-se a umidade dos grãos entre 12% e 15%, níveis recomendados pelo Ministério da Agricultura. Além disso, para sua conservação, os níveis devem ser mantidos nos armazéns entre 65%-70%, sem ultrapassar 25°C para evitar o desenvolvimento de fungos e o aparecimento de pragas. Afinal, quanto maior o calor e a umidade, maior é a atividade microbiana.
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A umidade ideal para cada tipo de grão.
Alguns grãos precisam manter um padrão específico de umidade em seu armazenamento para não alterar suas propriedades e consequentemente acarretar na perda de sua qualidade. São eles:
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Café
Para não causar impactos no sabor e na coloração do café, além de prezar pela segurança e qualidade dos grãos desde sua produção até a moagem, é necessário manter os níveis de umidade entre 11% a 12%, segundo os estudos levantados pela companhia Polygon.
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Milho
Para assegurar a excelência do milho e evitar dificuldades financeiras e logísticas, controlar o teor de umidade é fundamental em todas as etapas. Para esse grão, os níveis de umidade do ar devem ser mantidos por volta de 13,5%, como informam as pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Ciências Agrícolas de Cuba.
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Soja
O controle da umidade é fundamental para a conservação da soja, pois o grão acaba ganhando ou perdendo umidade de acordo com o ambiente, alterando suas características e perdendo sua qualidade. Para conservar suas propriedades e evitar o surgimento de mofo, sua umidade deve estar entre 12% e 15%, conforme indicam os dados levantados pela empresa Feed Machinery.
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Feijão
Para que sejam evitados danos fisiológicos aos grãos, durante o processo de colheita, armazenagem e comercialização do feijão, a umidade deve variar entre 13% e 15%, de acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Quando o vapor de água é excessivo no ambiente a deterioração da qualidade do produto pode acelerar.
Consequências do excesso de umidade nos grãos para o mercado.
O acúmulo de água nos grãos é o principal responsável pela fermentação e desenvolvimento de doenças fúngicas. E conforme afirma Marco Aurélio Guerra Pimentel, pesquisador da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, o grande problema da perda de safra no Brasil é causado por bactérias. “As perdas são ocasionadas pelo ataque de pragas e fungos no armazém, que deterioram os grãos, reduzindo a massa e a qualidade dos mesmos.
De acordo com os Sistemas Apropriados de Armazenamento de Sementes e Cereais para Pequenos Agricultores elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), as condições para o desenvolvimento de fungos e insetos nos armazéns são mais propícias quando a umidade relativa no grão for superior a 65%, tornando as sementes sujeitas a deterioração.
No Brasil, cerca de 20% da colheita é perdida durante o período de produção e armazenamento devido ao ataque de pragas. Dentre os principais problemas acarretados pelo excesso de umidade e pelas doenças citadas acima, estão:
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Os fungos são responsáveis pela contaminação microbiológica dos alimentos, manifestando mofo e bolor em suas superfícies. Esses microrganismos liberam micotoxinas, substâncias tóxicas que deterioram os grãos e os tornam impróprios para o consumo, causando sérios riscos à saúde e ocasionando o descarte total dos produtos.
Estudos realizados pela Feed Machinery revelaram que quando o ambiente apresentava teor de umidade elevado (acima de 75%), o aparecimento e infestação de insetos era mais propício. Pragas como o Sitophilus (também conhecido como caruncho de grãos), Tribolium castaneum (besouro castanho) e o Trogoderma granarium (conhecido como besouro-de-arroz), considerado uma das pragas agrícolas mais perigosas do mundo, são exemplos.
Qualidade e lucratividade para o agronegócio
O excesso de umidade na indústria de grãos favorece a proliferação de microrganismos e interfere na comercialização nacional e internacional, uma vez que foge dos parâmetros determinados pelo controle de qualidade.
E além das doenças ocasionadas por fungos e das possíveis perdas, o agricultor também deve lidar com o nível de umidade final dos grãos que resistirem a todo processo de produção.
Manter a limpeza constante e a pulverização das unidades de armazenamento para evitar sobras de sementes, restos de embalagens e eliminar larvas de insetos na pré-colheita, bem como eliminar qualquer foco de contaminação na pós-colheita, são medidas tomadas constantemente por agricultores.
Mas diante da vasta produção e de toda demanda desse mercado, se faz necessário utilizar de mecanismos modernos e capazes de assegurar rapidamente o seguimento dos parâmetros ideais para cada tipo de grão.
É necessário um bom planejamento para que secagem e armazenagem sejam feitas da maneira correta, levando em consideração a disposição dos equipamentos e principalmente a temperatura e o nível de umidade desse ambiente. Seja em sistemas a granel ou em sacos, o controle de umidade é um dos processos fundamentais aqui.
Para garantir tantas especificações quanto ao nível de umidade de cada tipo de grão, manter as áreas de armazenamento seguras e ainda acelerar os processos de secagem, se faz mais do que necessário o uso de um Desidrat, um desumidificador de ar.
A desumidificação permite manter a umidade necessária a cada grão e, ao controlar a umidade do ar nos níveis ideais, não apenas garante a qualidade do seu produto como também inibe a proliferação de fungos e insetos, impedindo assim a contaminação dos alimentos e seu consequente descarte.
O desumidificador de ar Desidrat trabalha para garantir que o planejamento estratégico criado para atender as demandas do cenário nacional e internacional sejam atendidas. Ao adquirir um desumidificador industrial, o produtor vai prevenir a condensação das sementes e também corrosão das máquinas.
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