Sejam laboratórios de análises clínicas, de pesquisas, industriais, metrológicos, farmacêuticos ou mesmo alimentícios, o controle sobre as condições ambientais é essencial. Aspectos como temperatura e umidade relativa do ar (U.R.) interferem de modo direto nos resultados das atividades executadas.
O controle da umidade do ar é procedimento padrão em laboratórios, e possui alta relevância para garantir que os resultados dos testes formulados sejam confiáveis e precisos. Isto porque, em excesso, a umidade pode causar inúmeros efeitos adversos, desde erro no diagnóstico até interrupção do funcionamento dos equipamentos.
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Os impactos do excesso de umidade em laboratórios
As condições do laboratório podem variar conforme sua área de atuação, porém, quando a umidade relativa do ar está acima de 60%, o ambiente torna-se suscetível a sofrer por fatores como:
Contaminação biológica
A proliferação de fungos e bactérias é amplamente beneficiada com ambientes úmidos, possibilitando a contaminação biológica dos materiais orgânicos, alterando o resultado dos experimentos, que perdem a confiabilidade
A presença de fungos no ambiente também é responsável pela origem do mofo e do bolor, capaz de deteriorar matérias primas, estruturas (tais como parede e teto) e até mesmo superfícies de madeira.
Corrosão de equipamentos
Os equipamentos de laboratório tais como balança de precisão, balança analítica, agitador magnético, agitador mecânico, microscópios, entre outros, sofrem o risco de oxidação e ferrugem, diminuindo a vida útil dos instrumentos.
A corrosão causada pela ferrugem em materiais metálicos é irreversível e pode levar a perdas a longo prazo. Além disso, a umidade alta também pode prejudicar equipamentos eletrônicos.
Alteração nas medições realizadas
Pode haver inconsistências nas análises realizadas, uma vez que a umidade é capaz de causar alterações físico-químicas em matérias, estimular reagentes químicos e modificar materiais higroscópicos (como insumos em pó, por exemplo), comprometendo a validade dos experimentos.
Danificação de registros e documentos
Devido à higroscopia da celulose, principal componente do papel, os documentos podem apresentar rugas, ondulações, manchas e até mesmo bolor. Com isso, perdem-se registros e documentos.
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O que a legislação determina para o controle de umidade em laboratórios
Para evitar que estes danos acometam os laboratórios, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) implementou a ISO 17025:2017, que dispõe sobre as instalações e condições ambientais dos laboratórios.
A norma informa que as instalações e as condições ambientais devem ser adequadas às atividades do laboratório em questão, e não podem afetar adversamente a validade dos resultados.
De acordo com o item 6.3.1 do regulamento, os aspectos que podem influenciar as análises são:
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Contaminação microbiológica;
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Poeira;
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Distúrbios eletromagnéticos;
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Radiação;
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Umidade;
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Alimentação elétrica;
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Temperatura;
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Som e vibração.
Além disso, o laboratório precisa monitorar, controlar e registrar as condições ambientais de acordo com as especificações, métodos ou procedimentos pertinentes. Ou mesmo quando os aspectos exercerem influência sobre a validade dos resultados.
Para alcançar os níveis de umidade necessários de cada procedimento e evitar danos, é ideal fazer o uso de equipamentos que promovam a desumidificação dos ambientes laboratoriais.
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O uso de desumidificadores de ar para controle de umidade em laboratórios
Os desumidificadores de ar são importantes equipamentos laboratoriais que atuam com a finalidade de realizar o monitoramento e controle das condições ambientais, mantendo a umidade relativa do ar abaixo de 60%, ou nos níveis desejáveis para cada procedimento.
Ao controlar os índices de U.R., os desumidificadores impedem que os impactos da alta umidade afetem o laboratório e as análises ali realizadas, respeitando a legislação vigente e oferecendo vantagens como:
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Evitar a proliferação de fungos e bactérias;
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Auxiliar na conservação de equipamentos e instrumentos;
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Impedir a formação de ferrugem
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Impossibilitar o empedramento dos insumos em pó
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Preservar documentos e registros, artigos de madeira e materiais higroscópicos, em geral;
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Reter as partículas em suspensão que podem prejudicar a calibração;
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Contribuir para aumentar a confiabilidade e precisão dos resultados.
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